Mais da 20% das grávidas portuguesas apresenta deficiências "moderadas e graves" na ingestão de iodetos, o que pode ter consequências no desenvolvimento do feto, segundo o "Estudo do Aporte do Iodo em Portugal", apresentado em Lisboa pelo professor Alberto Galvão-Teles, do núcleo de Endocrinologia, do Hospital de Santa Maria.
Intitulada "Doenças Endócrinas, Vitaminas & Minerais", a comunicação de Alberto Galvão-Teles, apresentada durante a conferência "Nutrição & Multivitamínicos", incidiu sobre a importância das vitaminas e minerais no desenvolvimento das Doenças Endócrinas, focando quatro aspectos fundamentais: iodeto, vitamina D, magnésio e deficiências de nutrientes em doentes com bypass gástrico.
Os dados do estudo revelam que 20,7% das grávidas apresenta deficiências "moderadas e graves", no que se refere à correcta ingestão de iodeto, enquanto 60% apresenta deficiências ligeiras.
Alberto Galvão-Teles também destacou as deficiências de nutrientes nos doentes que são submetidos a cirurgia para a colocação de banda gástrica. Nestes casos, foram verificadas deficiências na ingestão de ferro (52% dos doentes), de vitamina B12 (64%), cálcio (10%), vitamina D (51%) e vitamina A (10%).
De acordo com as conclusões de um outro estudo, sobre a importância das vitaminas e dos minerais na nutrição e na prevenção de doenças crónicas, realizado pela Wyeth Consumer Health Care, organizadora do evento, "menos de um em cada dez portugueses consome suplementos vitamínicos" e "58% dos consumidores toma suplementos vitamínicos apenas quando têm um problema específico". O cansaço e a fadiga são os principais motores da toma dos suplementos (18%), sendo as mulheres entre os 18 e os 34 anos as principais consumidoras (66%).
Fonte: Lusa
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