Mais de meio milhão de somalianos, residentes na região meridional do país, estão ameaçados pela fome devido à seca que destruiu grande parte das colheitas da zona, segundo alertou hoje o Programa Alimentar Mundial (PAM).
Num comunicado emitido em Roma, a agência das Nações Unidas salienta que as zonas mais afectadas são Gedo e Bay-Bakool, fronteiriças com Etiópia e o Quénia, onde se concentra 75% da produção do milho.
Segundo Kevin Farrel, responsável pelo PAM na Somália, em consequência da escassez da chuva, a colheita deste ano atinge apenas 10% do habitual, pelo que a situação é "extremamente preocupante".
Um perito da ONU considera ser necessário o envio para a Somália de 40 000 toneladas de alimentos nos próximos meses, pelo que apela aos países doadores.
A Somália, que não tem um governo central desde a queda do presidente Mohmed Siad Barre, em 1991, vive num profundo caos, dividido em pequenas tribos, dominadas pelos senhores da guerra que apoiam milícias armadas numa luta sangrenta.
Fonte: Lusa |