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No frio come-se mais 

Clima pode influenciar queima de calorias

O clima específico de cada país pode influenciar a maneira como o corpo humano queima calorias. Segundo um novo estudo, os indivíduos cujos ancestrais são de regiões frias têm adaptações genéticas que talvez permitam ao corpo produzir mais calor. Ao invés, os grupos com origem em climas mais amenos usam as calorias de forma mais eficiente e produzem menos calor.

A célula responsável pela produção de energia é a mitocôndria, estrutura presente em todas as células, que tem também a função de regular o metabolismo. O ADN da mitocôndria é herdado da mãe e apresenta «diferenças surpreendentes» de uma região geográfica para outra, informou a equipa de Douglas C. Wallace, da Universidade da Califórnia em Irvine (EUA).

Para avaliar se a adaptação a diferentes climas poderia explicar essas variações, os investigadores estudaram sequências genéticas das mitocôndrias de 104 voluntários que representavam os principais tipos de ADN mitocondrial.

No artigo publicado no Proceedings of the National Academy of Sciences, a equipa de cientistas informou que as variações genéticas poderiam conferir vantagens em alguns climas e desvantagens em outros.

Os nativos de regiões árcticas e sub-árcticas, por exemplo, apresentavam variantes associadas a maior produção de calor, mas menos gasto de energia. O corpo mostrava-se mais eficiente na manutenção do calor. Estudos anteriores demonstraram que as populações nativas dos pólos Norte e Sul tendem a ter um metabolismo mais intenso durante o descanso. Já os nativos de áreas tropicais e subtropicais fazem um uso mais eficiente da energia e produzem menos calor.

Para os autores do estudo, as variações são provas da selecção natural que fez os genes evoluírem em resposta ao stress ambiental. Mas essa resposta adaptativa pode não ser benéfica quando as pessoas, nativas de um clima, se deslocam para outro. «Como as linhagens de ADN mitocondrial são funcionalmente distintas, as mesmas variantes que são vantajosas num determinado ambiente climático e nutricional podem-se mostrar maléficas em outros ambientes diferentes».

Os habitantes de certas regiões frias costumam manter o calor no corpo com alimentos ricos em calorias. Esse hábito de dieta pode não ser o mais recomendado no caso de uma mudança para regiões mais quentes e talvez até contribua para o desenvolvimento de doenças, informaram os investigadores. Obesidade, diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares e neurodegenerativas são algumas das doenças associadas a pessoas de outras regiões que adoptam novos estilos de vida.

Traduzido e adaptado por:

Paula Pedro Martins
MNI-Médicos Na Internet


07 de Janeiro de 2003
 Conteúdo ainda não aprovado pela SPCNA.
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