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Produtos com cloranfenicol devem ser retirados do mercado 

Doses elevadas podem dar origem a anemias, segundo toxicologia

Os produtos de consumo humano onde foram encontradas substâncias proibidas ou em níveis elevados devem ser «imediatamente» retirados do mercado. Esta é a opinião de um especialista em toxicologia da Faculdade de Medicina Veterinária de Lisboa.

O estudo, feito pela DECO, mostra que, pelo menos dez marcas de mel vendidas em Portugal contêm resíduos de medicamentos de uso animal e em algumas delas foram encontrados vestígios de uma substância proibida que pode prejudicar a saúde.

Em entrevista à Lusa, Eduardo Marques Fontes recusa qualquer alarmismo em relação aos resultados do estudo divulgado pela DECO, que revelaram a existência de resíduos de fármacos de uso animal em algumas marcas de mel, ovos ou carne, mas alerta para a necessidade de tomar precauções e de retirar do circuito comercial os produtos em causa.

Marques Fontes explicou que o cloranfenicol pode ser ministrado como antibiótico aos humanos, desde que de forma controlada, sendo eficaz para debelar infecções que se mostram resistentes a outros medicamentos, ou seja, nos casos onde não existe outra solução.

O especialista alertou, no entanto, que, quando utilizado em doses elevadas, «pode prejudicar a medula óssea, onde se produzem os glóbulos vermelhos, podendo dar origem a anemias».

Governo já sabia

O Governo garantiu que já tinha conhecimento da existência de resíduos de antibióticos em produtos de consumo humano, que resultaram em 124 processos-crime em 2002, mas as análises feitas ao mel foram negativas.

Em comunicado, o Ministério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas refere que, após as acções de fiscalização efectuadas, foram ainda instauradas, no ano passado, dez contra-ordenações por ultrapassagem dos limites permitidos de substâncias autorizadas.

Em 2002, apenas foram detectados problemas nas carnes bovina e suína, de caça e nos frangos, num universo de testes que abrangeu ainda outros produtos como o leite e os ovos, mas entre as substâncias encontradas nos produtos de consumo humano fiscalizados não consta o antibiótico cloranfenicol, que a DECO detectou em algumas marcas de mel e cuja utilização está proibida pela União Europeia.

Comercialização suspensa

Entretanto, a empresa Modelo Continente suspendeu a comercialização das marcas de mel que a DECO afirma terem vestígios de uma substância proibida, embora considere «que não está em perigo a segurança alimentar».

Em comunicado, a empresa explica que esta situação se vai manter «até ao completo esclarecimento» da situação, referindo que «todos os produtos em comercialização são submetidos a um rigoroso controlo de qualidade em laboratórios independentes, internos e durante o fabrico na unidade de produção».

Fonte: Lusa

30 de Janeiro de 2003
 Conteúdo ainda não aprovado pela SPCNA.
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