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OMS alerta para «terrorismo alimentar» 

Contaminação de alimentos é um risco «real e corrente»

A Organização Mundial da Saúde (OMS) advertiu que grupos extremistas ou fundamentalistas poderiam tentar contaminar alimentos com agentes patogénicos e tóxicos e pediu aos países do mundo que aumentem a sua vigilância.

Num relatório publicado na semana passada, a OMS afirma que um ataque com o uso de agentes químicos ou biológicos poderia levar pessoas a desenvolverem doenças graves, como cancro, ou mesmo conduzir à morte.

A contaminação de alimentos, diz o documento, é um «risco real e corrente», mas, até ao momento, a OMS disse não ter recebido nenhum alerta específico sobre um possível ataque do tipo.

O relatório, entitulado «Ameaças Terroristas aos Alimentos», tem 45 páginas e adverte para o risco de uso de pesticidas, vírus e parasitas como «forma de, deliberadamente, causar dano a populações civis».

Surtos naturais de doença mostram os riscos de um atentado biológico usando alimentos. Em 1994, por exemplo, 224 mil pessoas em 41 Estados norte-americanos contraíram salmonela devido a um tipo de gelado contaminado.
Mas o caso mais grave provavelmente aconteceu em Xangai, na China, em 1991, onde 300 mil pessoas contraíram hepatite A ao consumir mariscos estragados.

No documento são citados exemplos de acções extremistas envolvendo alimentos ocorridas no passado, incluindo um surto da bactéria salmonela no estado americano do Oregon, levado a cabo por membros de uma seita que contaminaram restaurantes. Neste «ataque» mais de 750 pessoas ficaram doentes.

Segundo o mesmo responsável, os atentados mais eficientes seriam aqueles que contaminassem os alimentos nas suas primeiras fases de produção.

O director de segurança alimentar da OMS, Jurgen Schlundt, disse que o relatório não tem o objectivo de criar alarme, mas sim de alertar os governos para que aumentem a vigilância e planeiem medidas de resposta em caso de uma emergência. «Já houve casos de contaminação proposital da cadeia alimentar. Nós sabemos que pode existir potencial», disse o responsável à agência Reuters.

Segundo a mesma fonte, cerca de 1,5 milhão de pessoas já morrem, todos os anos, devido a doenças relacionadas com a alimentação.

A OMS acredita que, se os grupos fundamentalistas adicionarem agentes patogénicos ou tóxicos a alimentos, muitas mais pessoas poderão sofrer de doenças a longo prazo, incluindo paralisias, anomalias fetais, problemas de saúde crónicos e cancro.

Traduzido e adaptado por:

Paula Pedro Martins
MNI-Médicos Na Internet

03 de Fevereiro de 2003
 Conteúdo ainda não aprovado pela SPCNA.
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