Uma amostra de tecido retirada da cavidade nasal é o suficiente para diagnosticar a presença da doença de Creutzfeldt-Jakob (CJD) na sua forma esporádica, uma doença degenerativa cerebral que pode ser fatal.
Actualmente, o único método de detectar a doença era através de uma biópsia ao cérebro, que implicava fazer-se uma incisão para remover o tecido. A doença também podia ser confirmada após a morte numa autópsia.
De acordo com um novo estudo publicado na última edição da revista The New England Journal of Medicine, investigadores italianos descobriram a presença de proteínas denominadas priões - suspeitos de provocarem a doença - na cana do nariz de nove pessoas que morreram de CJD. Esta descoberta suscitou a curiosidade dos investigadores, que chegaram à conclusão de que é possível através de uma biópsia ao nariz detectar a doença em pacientes vivos. O procedimento poderá ser realizado num gabinete médico com recurso a anestesia local.
A variante esporádica da doença de Creutzfeldt-Jakob afecta cerca de um em cada milhão de americanos, na sua maioria idosos. Os sintomas, que se caracterizam pela falta de memória e alucinações, podem ser confundidos com a doença de Alzheimer ou outras doenças do foro neurológico.
Permanece desconhecido o mecanismo de contágio da doença, embora se saiba que a nova variante de CJD está relacionada com o consumo de carne de vaca contaminada com brucelose espongiforme bovina (BCE). Não há cura para a doença.
Fonte:Diário Digital
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