Dez das doze amostras de carne de porco da União Europeia que acusaram a presença de nitrofuranos são portuguesas, revela um estudo da revista «DECO/Proteste» divulgado na quarta-feira.
O estudo, feito a 1.500 amostras (100 por cada um dos 15 países da UE), surge depois de ter sido anunciada a detecção de nitrofuranos em 47 produções portuguesas de frangos, perus e codornizes.
«Em matéria de nitrofuranos, Portugal apresenta mesmo os piores resultados», concluiu a revista, alertando este estudo confirma «a ineficácia do sistema da fiscalização em Portugal ao longo dos anos».
Em Portugal, a carne de porco analisada foi comprada entre os dias 09 de Abril e 09 de Maio de 2002. Segundo a «Proteste», os locais onde foram detectados produtos com nitrofurano são: Intermarché (Setúbal), Macrocarnes Lda (Cascais), Talho Taveira e Fernandes (Cascais), Continente (Vila Nova de Gaia), Supertalhos d Avenida (Vila Nova de Gaia), Feira Nova (Braga), Modelo (Braga), Pingo Doce (Leiria), Talhos Carnes Avenida (Leiria), Talho Quim Grande (Coimbra).
No banco dos réus
A Federação de Comerciantes de Carne anunciou quarta-feira que vai processar a associação de consumidores DECO por ter «prejudicado o bom nome de alguns talhos» ao divulgar um estudo sobre contaminação de nitrofuranos em carne de porco.
«Isto é uma autêntica degola de inocentes. A DECO está a pôr em causa o bom nome de pessoas honestas. Está a usar de má fé contra os pequenos comerciantes. Por isso vamos pôr a DECO em tribunal», disse à Lusa o presidente da Federação de Comerciantes de Carne, Jacinto Bento.
Para a Federação de Comerciantes de Carne, a Deco «agiu de má fé» ao divulgar a lista dos locais onde comprou a carne.
Fonte: Lusa
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