Mais exercício, menos tabaco, uma alimentação sem gorduras e rica em legumes, para diminuir os índices de doenças crónicas. Esta é a recomendação da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e da Organização Mundial de Saúde (OMS), transmitida ontem, em Roma, através de um relatório conjunto.
O documento, intitulado «Dieta, Nutrição e Prevenção de Doenças Crónicas», é o resultado de dois anos de trabalhos desenvolvidos por 30 peritos independentes, que vai servir de base à elaboração de uma estratégia mundial de luta contra o aumento das doenças crónicas.
O alerta para o crescimento rápido deste género de doenças surge quando, em 2001, cerca de 59 por cento das 56,5 milhões de mortes registadas no Mundo tiveram origem em problemas cardiovasculares, diabetes, osteoporose, afecções da boca e dentes e obesidade.
Relativamente aos Estados Unidos, as estatísticas médicas recentes indicam que entre 55 por cento dos adultos gordos existem 44 milhões de obesos mórbidos (casos em que o problema atinge níveis patológicos). No que respeita à população juvenil, uma quarta parte dos adolescentes é, hoje em dia, duas vezes mais pesada do que há 30 anos.
Actualmente, esta preocupação já não é única entre os países ricos. De acordo com a FAO e a OMS, a maioria dos casos de doenças crónicas regista-se nos países em vias de desenvolvimento, onde os sistemas de saúde não dispõem de meios para enfrentar este problema crescente.
Como solução, as organizações esperam aproximar os sectores da agricultura e da saúde, aos níveis mundial, regional e nacional. Entretanto, irão seguir-se várias consultas entre consumidores, altos responsáveis de grandes empresas da área e representantes das principais organizações não-governamentais. O objectivo das reuniões é desenhar uma estratégia mundial, que deverá ser apresentada ao Conselho Executivo da OMS, em Janeiro de 2004.
Fonte: Jornal de Notícias
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