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Molho de tomate pode prevenir cancro 

Fruto é mais rico cozinhado

Uma pizza ou prato de esparguete com molho de tomate podem reduzir o risco de certos tipos de cancro e outras doenças crónicas.

Um carotenóide (pigmento) chamado licopeno, encontrado em poucos alimentos, entre eles o tomate, desenvolveria um papel importante em relação ao risco dessa doença. O IQ (Instituto de Química) da Universidade de São Paulo, Brasil, estuda há algum tempo o efeito protector do licopeno contra lesões oxidativas de DNA e da membrana causadas por stress de ferro.

Essa pesquisa é um dos desdobramentos de um grande estudo epidemiológico organizado por Edward Giovannucci, em 1986, com mais de 47 mil profissionais de saúde dos Estados Unidos.

Esta constatação já tinha sido correlacionada estatisticamente entre o consumo de molho de tomate e casos de cancro. A limitação, no entanto, era não poder provar qual ou quais as componentes do molho de tomate seriam as responsáveis pela protecção, nem conhecer as causas de sua acção anticarcinogénica. Outras estudos, no entanto, indicaram o licopeno como o mais provável responsável.

O licopeno é o carotenóide predominante no plasma humano. Altamente antioxidante, é aparentemente o maior supressor de oxigénio e de radicais livres entre os carotenóides in vitro. Esse carotenóide também teria a capacidade de alterar a comunicação entre células. Doses médias melhorariam essa função, o que significaria uma protecção contra o desenvolvimento do cancro.

Estudo brasileiro

A pesquisa que a equipa da Universidade de São Paulo iniciou em 1998, teve por base a análise a nível celular, com a comparação dos danos causados pelo stress de ferro em células de mamíferos (fibroblasto de fígado de macaco), as quais, algumas tinham sido injectadas com licopeno.

Em 2000, publicou-se que o licopeno previne quase completamente os danos de membrana induzidos, assim como reduz os níveis de 8-oxodGuo no DNA, o que representaria protecção contra lesões do DNA. Em 2001, os testes passaram a ser aplicados em ratos. Os animais foram tratados por cinco dias consecutivos com injecções intraperitoniais de licopeno e depois submetidos a stress de ferro. Os resultados confirmaram novamente a protecção promovida pelo licopeno contra lesões de membrana, DNA e fígado.

Os estudos determinaram que a biodisponibilidade do licopeno obtido pela dieta alimentar não depende apenas da ingestão do tomate, mas também - e essencialmente - da forma como o alimento é cozinhado.

Por ser um composto hidrófobo (que não combina com água), ele precisa ser ingerido em meio oleoso. Por isso, o seu aquecimento também é essencial para o processo de isomerização, que influi na biodisponibilidade do licopeno.

Nesse sentido, o tradicional molho de tomate é o ideal, enquanto que o sumo de tomate, mesmo em altas quantidades, não faz efeito nenhum --contrariando o senso comum, segundo o qual alimentos frescos seriam mais nutritivos.

Traduzido e adaptado por:

Paula Pedro Martins
MNI-Médicos Na Internet

22 de Maio de 2003
 Conteúdo ainda não aprovado pela SPCNA.
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