Muitos produtos alimentícios que contêm uma grande quantidade de cafeína não referem a substância nas etiquetas, o que leva muitos consumidores, especialmente crianças, a ingeri-los sem darem conta.
A revista norte-americana «Consumer Reports» apontou esta situação em refrigerantes, gelados e pastilhas-elásticas, produtos que podem ser adquiridos com facilidade pelas crianças. Deste modo, adianta a revista na edição desta semana, cada criança pode chegar facilmente a ingerir 128 miligramas de cafeína sem se dar conta.
Não existem dados oficiais sobre o consumo de cafeína nos Estados Unidos, no entanto, o governo do Canadá recomenda que as crianças de dez a doze anos não ingiram mais de 85 miligramas desta substância.
Muitas fontes de cafeína não são tão óbvias ou lógicas, segundo adianta a revista. Por exemplo, certos refrigerantes de laranja têm a mesma quantidade de cafeína que uma Coca Cola o uma Pepsi, no entanto, outras laranjadas não apresentam nada de cafeína, adiantou a mesma fonte.
Segundo a revista, a Direcção Federal de Alimentos e Fármacos (FDA) dos Estados Unidos só exige que a cafeína seja incluída na lista de ingredientes quando esta é introduzida de forma intencional. No entanto, não é necessário especificar as quantidades.
As autoridades demoram seis anos a analisar as petições para regular as quantidades de cafeína nos produtos, adianta a publicação.
Até ao momento, poucos são os estudos sobre os efeitos da cafeína em crianças, no entanto, a revista afirma que os efeitos serão os mesmos que nos adultos: nervosismo, ansiedade e, por vezes, insónia e tensão.
A revista «Consumer Reports» é publicada pela Consumers Union, uma organização norte-americana independente e sem fins lucrativos. As suas receitas provêm da venda da revista, bem como de outros serviços e contribuições comerciais.
Traduzido e adaptado por:
Paula Pedro Martins
MNI-Médicos Na Internet
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