O Homem europeu, devido ao seu cada vez menor número de filhos e ao facto das dietas se basearem nas proteínas animais, está a caminhar para a extinção. O aviso foi feito no XV Congresso Internacional de Antropologia - «2K3 Humankind/Nature Interaction: Past, Present and Future» - que se realizou recentemente em Florença, Itália.
«É uma analogia preocupante, entre a actual tendência demográfica e o desaparecimento do Homem de Neandertal, habitante pré-histórico da Europa, que foi substituído, há cerca de 70 mil anos atrás, pelo Homem moderno proveniente de África. Entre os factores conducentes à extinção estão a reduzida natalidade e o serem carnívoros», explicou o organizador do evento, Brunetto Chiarelli, citado pela agência italiana Ansa.
Segundo é habitualmente admitido entre a comunidade científica, o Neandertal extinguiu-se muito por causa da cultura brutal e canibalesca. Por seu turno, o Homem moderno oriundo do continente africano era essencialmente vegetariano, comendo, ocasionalmente, peixe. Segundo os peritos, essa é a razão de ter conseguido sobreviver e de ter colonizado a Europa.
O modelo cultural «agressivo» do Velho Continente, ainda segundo Chiarelli, «baseia-se no individualismo, consumindo-se mais do que o necessário para a nossa sobrevivência, ao mesmo tempo que fazemos menos filhos». Na região do Mediterrâneo, por exemplo, a relação da taxa de natalidade é de um bebé europeu para seis africanos.
«Para modificar este modelo e obter resultados apreciáveis a breve trecho, devia-se impor a maternidade como se faz em relação ao serviço militar obrigatório», conclui Chiarelli.
Fonte: Diário Digital
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