Se sofre de alergia ao amendoim, fique a saber que existem novos caminhos que o farão sentir mais seguro, segundo os resultados de dois estudos, publicados no «Journal of Allergy and Clinical Immunology».
Como o amendoim é amplamente usado pela indústria alimentícia, de doces a óleo, este é difícil de ser identificado e evitado. Dados recentes indicam que a incidência e a prevalência de alergia a amendoim têm crescido acentuadamente. Dados apresentados pelo o editor do jornal, Donald Leung, referem que este problema é responsável por cerca de 50 por cento das mortes causadas por reacções alérgicas a alimentos nos Estados Unidos.
Hugh Sampson, da Escola de Medicina Monte Sinai, em Nova Iorque, usou uma versão geneticamente modificada da bactéria E.coli. Esta bactéria produz as três proteínas do amendoim mais associadas à alergia, mas ligeiramente alteradas para não atrair a atenção total dos anticorpos IgE, accionados durante a reacção alérgica.
A bactéria foi dada a ratinhos alérgicos: após três doses, eles não apresentaram reacções quando alimentados com amendoim. «Esta vacina em particular, que pode ser adaptada para o uso humano, fornece esperança para o tratamento da alergia», disse Sampson.
Mas outro estudo, efectuado por cientistas canadianos, também traz esperança aos milhares de pessoas alérgicas a amendoim. No segundo estudo, Peter Vadas, do Hospital St. Michael, e Boris Perlman, da Universidade de Toronto, sugerem que a reacção alérgica pode ser evitada com a ingestão de carvão vegetal activado - usado para desintoxicar o corpo após a ingestão de veneno.
Um teste realizado em laboratório mostrou que a substância reúne as proteínas que causam a alergia, o que poderia torná-las «invisíveis» ao sistema imunitário.
Traduzido e adaptado por:
Paula Pedro Martins
Jornalista
MNI-Médicos Na Internet
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