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Vaticano vai consultar peritos sobre alimentos transgénicos 

Apelo à utilização das culturas transgénicas como meio de combate à fome no mundo

O Vaticano vai organizar no Outono um debate com peritos para analisar as implicações éticas, científicas e outras da utilização dos alimentos geneticamente modificados, anunciou terça-feira fonte da Santa Sé.

Entrevistado pela Rádio Vaticano, o cardeal Renato Martino, responsável pelo Conselho Pontifício para a Justiça e Paz, disse que a discussão servirá para "extrair as conclusões adequadas" sobre esta matéria.

As declarações foram proferidas depois do diário italiano Corriere della Sera, que também o entrevistou, ter sugerido que o Vaticano é favorável às culturas transgénicas como meio de combater a fome no mundo.

"O problema da fome envolve a consciência de todos os homens e em particular a dos cristãos", disse o cardeal Martino à emissora.

"Por essa razão", acrescentou, "a Igreja Católica segue com especial interesse e preocupação todo o desenvolvimento científico que ajude a solucionar uma situação difícil que afecta grande parte da humanidade".

O Vaticano sempre teve uma atitude de abertura prudente em relação aos alimentos geneticamente modificados.

Nesse sentido, em 2000, o Papa João Paulo II afirmou perante agricultores que "a biotecnologia não pode ser avaliada apenas com base nos interesses económicos imediatos".

"É preciso ouvir os cientistas, mas também os produtores e os consumidores", declarou o cardeal Martino ao Corriere della Sera, acrescentando não estar em preparação qualquer documento sobre a posição do Vaticano.

O prelado aproveitou a entrevista para desmentir uma afirmação do diário La Stampa de segunda-feira, segundo a qual "a Igreja dirá sim aos alimentos transgénicos em Novembro".

O debate entrou já no seio da Igreja, onde associações de voluntários, missionários e em geral o clero do sul estão contra os transgénicos por considerarem que não servem para combater a fome no mundo.

Mas no La Stampa, o cardeal Ersillio Tonini defendeu, pelo contrário, que "seria um crime barrar a via a esses produtos se eles podem matar a fome a mil milhões de pobres" no mundo.

Os proponentes das colheitas transgénicas dizem que a biotecnologia ajudará a combater a fome ao melhorar a quantidade e qualidade das colheitas e ao combater as pestes agrícolas. Pelo contrário, os opositores advertem para problemas de saúde e ambientais causados por estes produtos.

A União Europeia (UE) impôs uma moratória aos novos alimentos transgénicos para dar mais tempo aos peritos para estudar a questão.

Os Estados Unidos, que produzem colheitas transgénicas, nomeadamente de milho e soja, depuseram uma queixa junto da Organização Mundial de Comércio para que a UE levante a proibição de entrada desses produtos.

Fonte: Lusa

05 de Agosto de 2003
 Conteúdo ainda não aprovado pela SPCNA.
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