Um engenho eléctrico implantado no estômago que está a ser testado na Europa e nos Estados Unidos desde 2000 parece ser uma alternativa eficaz à cirurgia gástrica para ajudar os obesos a perder peso. Se os bons resultados já obtidos forem confirmados em estudos mais vastos, este engenho experimental poderá ajudar pessoas muito gordas que não conseguem emagrecer através do recurso a dietas ou medicamentos supressores de apetite, e não queiram recorrer à cirurgia. O novo aparelho, denominado estimulador gástrico implantável (IGS, na sigla inglesa), é semelhante a um regulador de ritmo cardíaco (pacemaker) ligado à parede do estômago com a função de reduzir a sensação de fome. Neste caso, a saciedade é induzida evitando os inconvenientes de técnicas cirúrgicas e bariátricas que, segundo peritos, podem causar modificações substanciais da parte superior do aparelho gastro- intestinal, tanto na anatomia como na função. Investigadores norte-americanos apresentaram no domingo provas preliminares da utilidade deste engenho num estudo feito com 30 homens e mulheres obesos voluntários que pesavam em média 109 quilos. Depois de terem vivido um ano com o implante, dois terços dos voluntários perdeu em média 18 por cento do seu excesso peso, segundo esses dados. O sistema usa um gerador de pulsação eléctrica, do tamanho de um relógio de bolso, que é colocado debaixo da pele, no abdómen, e ligado por dois fios muito finos ao estômago, que estimula electronicamente. A implantação dura menos de uma hora e é feita através de um procedimento de laparoscopia. O aparelho funciona através de uma pilha, que deve ser substituída num período de entre dois e cinco anos. Fonte: Lusa |