Mais 2,7 milhões de vidas poderiam ter sido salvas anualmente se o consumo de frutas e vegetais fosse maior. Estes são dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) que está a desenvolver uma campanha de incentivo ao consumo destes alimentos, a ser lançada em 2004. «Com a modificação dos hábitos alimentares, onde predomine as frutas e legumes, todos ficam a ganhar», aponta Pekka Puska, director da área de Prevenção e Controlo de Doenças Não-Transmissíveis e Promoção da Saúde da OMS. Para o especialista, além das vantagens nutricionais e físicas à população, esta campanha acabará por impulsionar a agricultura dos países. Com a colaboração da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), a OMS quer desenvolver um programa unificado para promover uma dieta mais rica em frutas e vegetais, a fim de prevenir doenças cardiovasculares e certos tipos de cancro. Este trabalho conjunto, entre a OMS e FAO, possibilitará ajudar os países na logística, desde a cadeia de produção de alimentos até ao armazenamento deles, factor responsável por grande desperdício, especialmente nos países mais pobres. Estima-se que o baixo consumo de frutas e vegetais cause cerca de 19 por cento dos casos de cancro gastrointestinal, 31 por cento dos problemas cardíacos e 11 por cento dos de AVCs, de acordo com dados da OMS. Um documento da OMS/FAO indica que um consumo mínimo de 400 gramas de frutas e vegetais por dia ajuda na prevenção das doenças cardíacas, da diabetes e obesidade. Um estudo divulgado esta semana num encontro da American Heart Association, nos EUA, apontou que a «dieta mediterrânea», rica em azeite, frutas, vegetais e peixe, pode diminuir os sinais de inflamação que elevam o risco de doenças cardíacas. Traduzido e adaptado por: Paula Pedro Martins Jornalista MNI-Médicos Na Internet |