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Cuidado com os mariscos no Reveillon  

França alerta sobre riscos de acidentes ao abrir ostras

Na altura das festas de Natal e reveillon é bastante comum colocar na mesa os mais requintados pratos, inclusive os que contêm mariscos. E são muitos os benefícios dos crustácios. Dizem os especialistas que além de fazer bem ao coração, dado que não têm gordura saturada, não engordam e são altamente nutritivos.


Mas os perigos também são mais que muitos.. Entre as possíveis reacções alérgicas ou o aumento dos níveis de ácido úrico aos portadores de Gota, o maior é mesmo a contaminação Como o marisco é um alimento altamente perecível, quando cru, há o risco de ingestão de bactérias, salmonelas, elementos poluentes e vírus como a Hepatite A.


Dentro da vasta gama de escolha para mimar os estômagos nesta altura festiva encontram-se as ostras. Mas como normalmente são consumidas cruas, os especialistas alertam para que sejam evitadas por pessoas que sofrem de doenças hepáticas, diabetes, problemas gastrointestinais ou tenha o sistema imunitário fragilizado. Mesmo cozendo as ostras em vapor, a temperatura pode não ser suficiente para matar as bactérias Vibrio Vulnificus, susceptíveis de provocar doenças graves, pelo que se recomenda que se cozinhem muito bem (a vapor, pelo menos durante seis minutos).


Sendo este um aviso importante, o serviço nacional de saúde pública francês emitiu esta semana um alerta sobre os riscos de se abrir uma ostra. «Muitas lesões graves ocorrem quando se abrem as ostras, que são particularmente consumidas em grande quantidade durante as festividades de fim de ano», afirma em comunicado o SNS francês.
Cerca de duas mil pessoas cortam-se anualmente ao tentar abrir ostras, 800 delas entre Dezembro e Janeiro. Cerca de 20 por cento dos acidentes necessitam de atendimento hospitalar. «Sempre que seja possível, deve-se impedir estes acidente, tomando precauções simples», alerta o organismo. Para tal recomenda que se sente confortavelmente com uma faca para ostras e o método adequado para abri-las e proteja as mãos, ou peça a um vendedor de ostras que as abra.

Os franceses consomem milhares de ostras, muitas delas cultivadas na costa oeste do país, durante o Natal e nas festas de ano-novo. Conhecidas pelas suas supostas propriedades afrodisíacas _ que segundo estudos se devem ao alto teor de zinco, mineral que é necessário para a produção de esperma _, multiplicam-se as estórias ao longo da história humana. Já o grego Estrabão louvava as ostras do Berre (perto de Marselha) e o romano Ausónio mencionava, em monografia, as ostras gaulesas, que dividia em três classes. Séculos depois, Alexandre Dumas chamava-lhes «Orelhas de Vénus». Consta que o gastrónomo Vatel, cozinheiro do rei Luís XVI, cometeu suicídio por causa das ostras. Já Casanova consumia em jejum e em média, 40 gramas de ostras por dia.


Traduzido e adaptado por:

Paula Pedro Martins

Jornalista

MNI-Médicos Na Internet

30 de Dezembro de 2003
 Conteúdo ainda não aprovado pela SPCNA.
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