O leite pode prevenir e combater diversas doenças crónicas, as quais têm vindo a observar uma crescente taxa de incidência na população portuguesa.
Osteoporose, enfarte de miocárdio e hipertensão estão entre as doenças que mais afectam a qualidade de vida das populações, contribuindo para o aumento do esforço financeiro das famílias, a nível de cuidados de saúde, e das taxas de mortalidade por todo o mundo.
Estas são as principais conclusões do 3º Congresso do CNAM, sob o tema «Leite: alimento estratégico para o século XXI», que se realizou em Dezembro na Escola Superior de Tecnologias da Saúde de Lisboa. As conclusões do congresso centraram-se nos efeitos do leite ao nível clínico, pediátrico e no dia-a-dia de cada indivíduo.
O consumo de alimentos ricos em cálcio, nomeadamente leite e derivados, é um elemento essencial para alterar este panorama negativo. O leite é uma importante fonte de cálcio e de proteínas animais que, introduzida numa alimentação equilibrada, favorece a prevenção e diminuição dos riscos de fractura provocada pela osteoporose (em especial nas mulheres pós-menopausicas). O cálcio actua como agente promotor de densidade óssea, verificando-se diferentes necessidades ao longo do ciclo de vida humana.
A tecnologia versus qualidade do leite, os benefícios versus vantagens de consumir leite regularmente e o futuro versus versatilidade e funcionalidade do leite, enquanto o alimento mais completo, representaram os principais eixos de discussão do congresso. As quatro mesas redondas focaram os temas «Leite como alimento», «Leite e alimentação funcional», «Análise histórica e sócio-económica do Leite como alimento» e «Leites enriquecidos como resposta às necessidades alimentares e na prevenção de doenças».
Carlos Branco, médico coordenador do CNAM, o Wim Caers, do Nutricional Support Manager da Orafti, Teresa Sabino, endocrinologista do Hospital de Cury Cabral, Donzília Cantarinho, engenheira directora do departamento de qualidade e desenvolvimento da Lactogal, Helena Saldanha, docente na Faculdade de Medicina de Coimbra foram alguns dos intervenientes no congresso.
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