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Sedentarismo começa na infância 

Médicos alertam para excesso de peso e obesidade

Se, até aqui, os conselhos médicos contra os hábitos sedentários eram apenas focalizados aos adultos, segundo um estudo recente o estilo de vida pouco saudável começa em idades muito precoces, ou seja, manifesta-se em crianças de apenas três anos.  

A obesidade está a tornar-se uma das maiores preocupações para quem lida com a saúde. Especialistas alertam que esse mal está a atingir rapidamente proporções epidémicas nos Estados Unidos, Grã-Bretanha e Ásia.

Segundo os cientistas da Universidade de Glasgow, muitas crianças realizam actividades físicas vigorosas apenas durante 20 a 25 minutos diários, em vez dos 60 minutos que se recomenda.

John Reilly, professor universitário, afirmou ser necessário a implementação urgente de planos de saúde pública que incluam estratégias populares para aumentar a actividade física e reduzir a conduta sedentária nos primeiros anos de vida.

Na Grã-bretanha, cerca de 16 por cento das crianças entre os 6 e os 16 anos são obesos e, segundo os especialistas de saúde, estes números podem aumentar.

Os alimentos pouco saudáveis, a falta de exercício e a quantidade de horas que passam em frente à televisão e jogos de vídeo parecem ser os factores responsáveis do  alarmante aumento de peso e obesidade em crianças.

A obesidade infantil aumenta o risco das crianças desenvolveram diabetes de tipo II durante a juventude e  que posteriormente sofrerem de problemas cardiovasculares e de certos tipos de cancro.

A equipa liderada por Reilly publicou as suas descobertas na revista médica «The Lancet», onde apresentaram a quantificação do total de gasto energético (TGE), a actividade física e o grau de conduta sedentária de 78 crianças de três anos durante dois anos de estudo. Os exames demonstraram que o TGE foi baixo tanto aos três como aos cinco anos em ambos sexos.

James Hill advertiu, em comentário sobre o estudo do Centro de Ciências da Saúde da Universidade do Colorado, Estados Unidos, que já tomaram medidas para impedir o aumento de peso nas crianças. E explicou que o aumento da actividade física tem que fazer parte de um esforço de prevenção sobre o aumento de peso. «É mais fácil mudar a conduta para não engordar que tratar a obesidade quando já está instalada».

Em Portugal, o panorama não é muito diferente do resto dos países ditos desenvolvidos. Por cá, os adolescentes , sobretudo as raparigas, encontram-se entre os mais obesos num estudo feito em quinze países desenvolvidos junto de 30 mil jovens com idades entre os 13 e os 15 anos.

Cerca de sete por cento das raparigas são obesas e quase 16 por cento têm excesso de peso, contra cinco por cento de rapazes obesos e 14 por cento com peso excessivo. Os números foram recolhidos em questionários escolares feitos em 1997 e 1998 a jovens de 15 países, incluindo os Estados Unidos, onde a taxa de incidência da obesidade entre este segmento da população é a mais elevada.

O estudo, publicado na edição de Janeiro da revista norte-americana Archives of Pediatrics & Adolescent Medicine, foi dirigido por Inge Lissau, investigadora no Instituto de Saúde Pública de Copenhaga, Dinamarca. Com base nos dados fornecidos por adolescentes de 15 anos, os países com mais obesidade são os Estados Unidos, Grécia, Portugal, Israel, Irlanda e Dinamarca.

Traduzido e adaptado por:

Paula Pedro Martins

Jornalista

MNI-Médicos Na Internet

04 de Fevereiro de 2004
 Conteúdo ainda não aprovado pela SPCNA.
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