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Erradicação da gripe das aves pode ser impossível  

Continua desconhecida a fonte da epidemia

O vírus da gripe das aves que está a dizimar o sector na Ásia e que já matou 20 pessoas pode ser impossível de erradicar. A informação chegou do director de Saúde Animal da FAO - órgão da ONU para alimentação e agricultura.

Samuel Jutzi afirmou que cerca de 80 milhões de aves já foram abatidas ou morreram por causa da doença, e os especialistas ainda não sabem qual é a fonte da epidemia.

«Ainda esperamos que os países da região possam controlar a doença, mas estamos menos seguros de que o vírus possa recuar ou ser erradicado», afirmou o especialista à Reuters. «Pode ser que o sector tenha de conviver com esse vírus da mesma forma que tenta conviver com outras doenças», acrescentou.

Especialistas da FAO, da Organização Mundial da Saúde e da OIE (entidade mundial para a saúde animal) vão reunir-se no dia 26 em Banguecoque para formular estratégias concretas para tentar controlar a doença, que já atinge oito países asiáticos.

O vírus matou 14 pessoas no Vietname e seis na Tailândia, mas Jutzi considera que esse é um saldo de vítimas relativamente baixo, levando em conta a amplitude geográfica da epidemia. «Houve grande exposição de humanos à doença, particularmente dos envolvidos no abate. Se o vírus cruzasse a fronteira com os humanos mais facilmente, haveria um grande número de casos», explicou.

 Para o especialista, um dos factos mais animadores é a doença não se ter manifestado em porcos, que têm um sistema imunitário parecido com o dos humanos. Neste mês, surgiram relatos de que a doença teria atacado suínos no Vietname, mas a FAO rapidamente desmentiu a notícia.

Esta semana, um zoológico tailandês disse que um leopardo, provavelmente o primeiro animal exótico morto pela doença, havia sido alimentado com carne de frango crua proveniente de duas regiões contaminadas. Jutzi ainda disse que, entre as aves, a doença está fora de controlo.

Entretanto, o Japão confirmou um novo caso da gripe das aves, quando o país já se preparava para se declarar livre da epidemia. A China notificou mais dois casos entre animais.

«Calculamos que levará pelo menos um ano até que possamos dizer com confiança que temos o problema controlado, desde que os países colaborem e que doadores apareçam com as verbas necessárias», afirmou Jutzi.

A FAO suspeita que aves migratórias são a causa mais provável da contaminação dos frangos, e disse ainda que a doença se espalhou mais rapidamente por causa da falta de coordenação entre os países atingidos. E por isso reforçou que a chave para o controlo é a transparência, sem pressões comerciais e políticas.

Traduzido e adaptado por:

Paula Pedro Martins

Jornalista

MNI-Médicos Na Internet

18 de Fevereiro de 2004
 Conteúdo ainda não aprovado pela SPCNA.
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