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Mercúrio nos mariscos pode gerar danos cerebrais em fetos 

Coração também é afectado

Mulheres que comem mariscos contaminados com mercúrio na gravidez podem gerar filhos com danos cerebrais irreparáveis.

A descoberta foi divulgada na mesma semana em que a Agência de Protecção Ambiental dos EUA dobrou a estimativa a respeito de quantos recém-nascidos que têm níveis de mercúrio acima do considerado seguro no sangue.

O estudo, feito por um grupo internacional liderado por investigadores da Escola de Saúde Pública de Harvard (EUA), também mostrou que as crianças expostas ao mercúrio na gravidez correm maior risco de problemas cardíacos permanentes.

«A exposição ao mercúrio, tanto pré-natal quanto pós-natal, atinge as funções cerebrais, isso parece afectar diferentes alvos no cérebro», disse Phillippe Grandjean, que liderou o estudo.

«O facto de que a actual exposição tenha um efeito adicional, apesar das baixas concentrações de mercúrio, é preocupante, especialmente para as comunidades onde o marisco constitui uma parte importante da dieta», afirmou.

A equipa estudou mais de mil mães e crianças das ilhas Faroë, na Dinamarca. A população local consome uma grande quantidade de peixes, muitos deles contaminados por mercúrio.

Os investigadores examinaram os níveis de mercúrio em cordões umbilicais e depois em amostras do cabelo, quando as crianças tinham 7 e 14 anos. A maioria das mães sofria de contaminação por mercúrio. Em média, na época em que deram à luz, os seus cabelos tinham mais de um micrograma desse elemento por grama, o limite máximo recomendado.

No artigo da revista Journal of Pediatrics, Grandjean e os seus colegas da Dinamarca e do Japão disseram ter colocado eléctrodos na cabeça das crianças para medir os sinais eléctricos no cérebro. Descobriram, então, atrasos nesses sinais. E quanto maior o grau de contaminação de mães e filhos no nascimento, maiores eram as irregularidades.

Mas também concluíram que essas mudanças neurológicas levam a um enfraquecimento no sistema que controla a função cardíaca. As crianças com mais mercúrio no sangue eram menos capazes de manter a pulsação necessária para assegurar o fornecimento adequado de oxigénio ao organismo.

Segundo a Agência de Protecção Ambiental dos EUA, 630 mil bebés nasceram no país, entre 1999 e 2000, com níveis de mercúrio no sangue superiores a 5,8 partes por bilião, o limite máximo estabelecido pela agência. Antes, a estimativa era de 300 mil bebés.

Traduzido e adaptado por:

Paula Pedro Martins

Jornalista

MNI-Médicos Na Internet

19 de Fevereiro de 2004
 Conteúdo ainda não aprovado pela SPCNA.
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