Trinta e oito países, 24 dos quais em África, têm necessidades urgentes de alimentos, segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO). No seu primeiro relatório de 2004 sobre as culturas agrícolas e a escassez de alimentos, a FAO reedita as preocupações em relação a diversos países que vêm enfrentando problemas crónicos devido a secas, conflitos e também aos efeitos cumulativos da pandemia da sida.
No Lesta africano, historicamente assolado pela fome, a situação precária da produção alimentar afecta directamente 7,2 milhões de pessoas na Etiópia, 3,6 milhões no Sudão, 1,6 milhões na Tanzânia e no Uganda, 1,9 milhões na Eritreia, 1,2 milhões no Quénia e 580 mil na Somália.
A África do Sul e a Suazilândia enfrentam secas sucessivas desde 2002. No Zimbabué, Angola e Malawi, o número de pessoas que necessitam de ajuda alimentar foi revisto em alta.
Com necessidade de auxílio alimentar estão também sete países asiáticos, cinco da América Latina - entre eles o Haiti, devido aos confrontos recentes - e dois da Europa. Neste último caso estão a Chechénia e a Sérvia e Montenegro.
O relatório da FAO sobre as culturas agrícolas e a escassez de alimentos é publicado cinco vezes por ano e serve sobretudo para antever onde é mais necessária a ajuda alimentar.
Fonte: Público