A obesidade e o excesso de peso causados por má alimentação e falta de actividade física poderão tornar-se até 2005 a principal causa evitável de morte nos Estados Unidos, adverte um estudo divulgado esta semana.
«Os americanos têm de compreender que o excesso de peso e a obesidade nos estão literalmente a matar», declarou o secretário da Saúde, Tommy Thompson, num comentário a este estudo dos Centros de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC). «Estes resultados - prosseguiu - deveriam motivar todos os americanos a agir para proteger a sua saúde. Temos de enfrentar o problema tão agressivamente como o fizemos em relação ao tabaco».
Em 2000, o tabagismo causou 435 mil mortes nos EUA, contra 400 mil mortes associadas à má alimentação e inactividade física, muito mais do que as 85 mil mortes provocadas pelo álcool, refere o estudo.
Entre 1990 e 2000, a proporção de mortes devidas à má alimentação e à inactividade passou de 14 para 16,6 por cento do total dos óbitos, o que significa «a maior progressão entre todas as causas de mortalidade», lê-se no relatório.
Mais de 130 milhões de norte-americanos, ou seja 64 por cento da população, têm excesso de peso ou, mais grave, são obesos, ambos factores de risco para a diabetes, a doença cardíaca e certos cancros. O custo directo e indirecto do excesso de peso em 2000 foi estimado em 117 mil milhões de dólares (95 mil milhões de euros).
As mortes atribuídas ao tabagismo estão a diminuir, tendo passado de 19 por cento em 1990 para 18,1 por cento em 2000, tal como as ligadas ao álcool, que passaram de 5 para 3,5 por cento, de acordo com o mesmo estudo, publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA).
Entre as outras causas de morte constam os agentes microbianos (75 mil óbitos) como a gripe ou a pneumonia, os produtos tóxicos (55 mil ) como os agentes poluentes, a exposição ao amianto ou aos benzenos, os acidentes rodoviários (43 mil ), as armas de fogo (29 mil ), as doenças sexualmente transmissíveis (20 mil ) e o consumo de drogas (17 mil).
Fonte: Lusa |