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Ilha de obesos ajuda a estudar influência genética 

Genes são determinantes no peso, mas não completamente...

Na ilha de Kosrae, no Pácifico, os cientistas esperam encontrar respostas para um dos maiores mistérios sobre a obesidade: quais os genes que levam algumas pessoas a ficarem gordas. Muitos estudos indicam que os genes influenciam o peso, sem todavia o controlarem completamente.

No entanto, não é fácil identificar os genes responsáveis, na medida em que, na maioria dos casos, muitos genes trabalham juntos para promover a obesidade, com cada um deles a exercer efeitos tão pequenos que se torna difícil detectá-los. Foi por isso que os cientistas se voltaram para populações isoladas com tendência para a obesidade.

A ideia é a de que, como um grupo desse tipo recebe os seus genes de um conjunto relativamente pequeno, as variantes genéticas responsáveis pela obesidade deveriam ser mais facilmente detectáveis. Através da identificação dessas variantes, os investigadores esperam compreender melhor as causas biológicas da obesidade na população em geral.

Isso poderá levar a melhores tratamentos, ou pelo menos a um meio de identificar pessoas em risco de se tornar obesas, para que possam tomar medidas preventivas.

Em Kosrae, os cientistas esperam poder também estudar a outra face da moeda: «Quando as calorias são baratas e de acesso fácil, haverá variantes de genes que ajudem as pessoas a manterem- se magras?».

Esse é um dos interesses de Jeffrey Friedman, um investigador do Instituto Médico Howard Hughes da Universidade Rockefeller, que com os seus colegas Marcus Stoffel e Jan Breslow estuda há dez anos os habitantes de Kosrae.

Friedman acredita que as variantes genéticas promotoras da obesidade e da magreza dos actuais habitantes de Kosrae - e de outros locais - podem remeter para o que os seus antepassados experimentaram há milhares de anos. A sua convicção assenta na chamada «hipótese do gene da frugalidade» proposta no princípio dos anos 60. Essa hipótese sugere que, num ambiente propenso a carências alimentares, os caçadores-recolectores teriam a ganhar se os seus genes os predispusessem para a obesidade. Desse modo, poderiam poupar calorias para sobreviver em períodos de fome.

Como os portadores desses «genes da frugalidade» teriam mais possibilidades de sobreviver à fome, tais genes teriam sido transmitidos aos descendentes actuais.

Todavia, num ambiente de abundância e pouco risco de fome, como aconteceu com os antigos habitantes no Crescente Fértil do Médio Oriente, as pessoas teriam variantes genéticas que as encorajariam a resistir à obesidade. Para Friedman, essas variantes persistiriam actualmente ao lado das promotoras da obesidade procedentes da herança dos antigos caçadores-recolectores. É essa a hipótese que ele estuda em Kosrae, onde cerca de metade da população adulta é obesa e outros 30 por cento tem excesso de peso.

Fonte: Lusa

12 de Maio de 2004
 Conteúdo ainda não aprovado pela SPCNA.
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