O mundo tal como os nossos avós o conheceram está completamente diferente. Enquanto os bio-tecnólogos usam a engenharia genética para criar alimentos mais nutritivos, outros investigadores lançam mão de métodos tradicionais para empobrecê-los caloricamente.
Uma empresa holandesa e cientistas americanos desenvolveram uma batata light, com menos 30 por cento de hidratos de carbono. O produto deve entrar nos supermercados americanos já em 2005.
O produto é consequência da febre nos EUA à volta da famosa dieta Atkins, que prescreve uma redução drástica no consumo de hidratos de carbono (como o amido da batata ou açúcares) e o aumento da ingestão de proteínas.
A batata «low-carb» parece ter sido desenvolvida para esse tipo de mercado: além de menos amido, tem mais proteínas e fibras alimentares que uma batata normal, o que resulta em 28 por cento menos calorias.
Chad Hutchinson, agrónomo especialista em batatas da Universidade da Flórida, nos EUA, e um dos responsáveis pelo projecto.
A batata light foi desenvolvida utilizando métodos convencionais de selecção. Ela não é geneticamente modificada, mas envolveu uma grande operação: para chegar à batata desejada, os investigadores tiveram de examinar centenas de milhares de plantas, procurando mais de 80 características físicas e genéticas relacionadas com o rendimento, aparência e sabor.
Segundo os investigadores da Universidade da Flórida, nos EUA, o resultado final, além de ser uma possível saída para a recuperação do mercado de batatas americano --que andava em crise--, também traz benefícios aos agricultores que cultivarem a batata.
Essas batatas, segundo os cientistas, precisam de menos adubo e levam menos tempo a crescer que as normais. Os novos tubérculos levam 65 dias para crescer, bem menos que os até cem dias necessários para a maior parte das variedades da planta disponíveis.
Mas adianta ainda a companhia holandesa, HZPC (www.hzpc.com), a casca dessa variedade de batata desenvolve-se mais rápido, o que aumenta a resistência aos danos.
As batatas, um pouco mais amarelas que as comuns, têm um sabor ligeiramente diferente, e podem ser preparadas de todas as formas --fritas, cozidas ou processadas industrialmente. E serão saborosas? Os cientistas dizem que sim.
Traduzido e adaptado por:
Paula Pedro Martins
Jornalista
MNI-Médicos Na Internet
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