O agrião é um dos vegetais mais nutritivos, além de possuir baixo valor calórico. Além disso, é considerado uma boa fonte de vitamina A, essencial para uma boa visão e saúde da pele. Este magnífico vegetal tem ainda vitaminas do complexo B, responsáveis pelo crescimento e produção de energia e vitamina C que é importante para aumentar a resistência do organismo às infecções. Possui ainda sais minerais como fósforo e ferro que evitam a fadiga mental e estão ligados à produção de glóbulos vermelhos do sangue. A sua alta quantidade de fibras auxilia o funcionamento intestinal.
Estes são os muitos benefícios do vegetal, mas os cientistas acrescentaram mais algumas propriedades. Manipulado geneticamente, o agrião passou a produzir ácidos gordos --substâncias consideradas benéficas ao coração.
Segundo o artigo publicado pela revista «Nature Biotechnology», a equipa do investigador Baoxiu Qi, da Universidade de Bath, no Reino Unido, inseriu genes de algas e cogumelos no agrião que causaram a acumulação de omega-3 e omega-6 no vegetal, sem afectar a sua aparência.
Embora a investigação ainda esteja no início e, provavelmente, demore muitos anos para que um produto como este chegue aos supermercados, os cientistas acreditam que o trabalho possa resultar em fontes alternativas e economicamente viáveis de ácidos gordos.
De acordo com os cientistas, o omega-3 é encontrado naturalmente em peixes como o salmão, a cavala e a sardinha, e o omega-6, em uma variedade de óleos vegetais, como o óleo de soja.
Entretanto, na maioria das sociedades industrializadas, as pessoas estão cada vez mais carentes de uma dieta rica em ácidos gordos, sobretudo com a diminuição do fornecimento de peixes por conta da poluição das águas. Os ácidos gordos omega-3 são conhecidos por ajudarem a combater a depressão e ao mesmo tempo protegem contra a doença cardíaca. Segundo resultados de um estudo recentemente realizado na Suécia, os homens que consomem regularmente peixe com elevado teor de gorduras, como o salmão e a sardinha, têm menores probabilidades - três vezes menos - de ter cancro da próstata. Traduzido e adaptado por: Paula Pedro Martins Jornalista MNI-Médicos Na Internet
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