Todos os bebés que só são alimentados com leite materno devem receber suplementos de vitamina D para evitar o raquitismo, uma doença provocada por distúrbios do metabolismo do cálcio e do fósforo, em consequência da carência da vitamina e que se exterioriza por alterações e deformidades do esqueleto. A recomendação veio dos especialistas da Academia Norte-Americana de Pediatria, que temem o regresso da doença. A medida, segundo a entidade, deveria começar a ser implementada a partir dos dois meses de idade. E, de modo gradual, os bebés deveriam chegar a pelo menos 480 gramas diários de leite enriquecido com vitamina D. A academia recomendou os suplementos multi-vitamínicos que contêm 200 unidades internacionais de vitamina D, disponíveis em forma de gotas ou de tabletes. Nos Estados Unidos, não é exigida a apresentação de receita médica. Os suplementos que só contêm vitamina D, ainda segundo a academia, são normalmente muito concentrados para um uso diário. A recomendação aplica-se também a bebés que não são alimentados com leite materno, mas que não tomam diariamente pelo menos 480 gramas de alimento enriquecido ou leite de vaca. A recomendação inclui ainda as crianças ou os adolescentes que não bebem essa quantidade de leite enriquecido, que não se expõem ao Sol com regularidade ou que não tomam suplementos multi-vitamínicos que incluam pelo menos 200 unidades internacionais de vitamina D. O leite materno contém pequenas quantidades de vitamina D e os médicos acreditavam que os bebés podiam obter as quantidades adequadas se também passassem algum tempo ao ar livre, recebendo a luz do Sol, que estimula o corpo para que este produza a vitamina. Mas, os crescentes receios sobre o cancro da pele e as recomendações de que as crianças utilizem protector solar e evitem a exposição excessiva ao sol poderiam estar a pôr em risco ao raquitismo algumas crianças. A recomendação, publicada há já alguns meses na revista Pediatrics, vem na sequência do aparecimento de dezenas de novos casos de raquitismo nos Estados Unidos. Traduzido e adaptado por: Paula Pedro Martins Jornalista MNI-Médicos Na Internet |