Home
Atualidades
SPCNA
Associados
Revista Alimentação Humana
Congresso SPCNA
Galeria
Legislação
Links
Agenda
SPCNA em notícia
Nutrição é notícia
Sugestões
Divulgações

Pesquisa
< Setembro 2004
29
30 31
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
1
2
Fígado gordo aumenta entre os portugueses 

Investigações recentes apresentadas na Conferência Europeia

 

Cerca de 15 por cento da população portuguesa tem fígado gordo, ou Esteatohepatite Não Alcoólica NASH uma doença prevalecente nos países industrializados, é mais frequente em indivíduos obesos, com diabetes, sobretudo a diabetes tipo II e que têm hiperlipidemia (valores elevados do colesterol e triglicéridos no sangue).

 

É com esta preocupação que especialistas nacionais e internacionais vão estar reunidos amanhã, sexta-feira, 17, e sábado, 18, para apresentarem as últimas investigações biológicas e clínicas durante a Conferência Europeia da Esteatohepatite Não Alcoólica, organizada pela Associação Europeia para o Estudo do Fígado, no Hotel Palácio, no Estoril. 

A Esteatohepatite Não Alcoólica (NASH) ou de uma forma mais simples, um fígado que acumulou gordura nas células hepáticas («fígado gordo») que inflamou.  A doença hepática associada ao fígado gordo pode resultar de um consumo excessivo de bebidas alcoólicas, mas também aparece em pessoas que nunca beberam ou bebem em quantidades mínimas (é o fígado gordo não alcoólico).  Só uma proporção menor de doentes com fígado gordo têm NASH , que é uma forma mais agressiva que pode evolucionar para cirrose.

Os médicos hepatologistas estão preocupados e alertam para o risco desta patologia estar a aumentar em Portugal. Para Miguel Carneiro de Moura, Director do Serviço de Gastrenterologia e da Unidade de Hepatologia do Hospital de Santa Maria, «uma estimativa é que 15 por cento dos adultos na população tenha fígado gordo, o que para Portugal indicaria aproximadamente 1.200 mil casos, dos quais 200 a 300 mil teriam as formas mais graves da doença (esteatohepatite) e poderiam evolucionar para cirrose hepática ( 10-20 por cento)». 

 

A causa e os mecanismos de produção da doença não são ainda bem conhecidos, mas há diversos factores aos quais se associa o fígado gordo não alcoólico: nutricionais (obesidade, desnutrição); endócrinos (diabetes, dislipidemias); tóxicos (alguns medicamentos).

 

O fígado gordo detecta-se como um achado acidental de uma ecografia hepática ou porque aparecem enzimas hepáticos ( transaminases ) elevados no sangue num exame de rotina ou numa investigação por outra doença. Muitas vezes a situação não é valorizada inicialmente pelo médico ou pelo doente e só muito mais tarde aparecem as manifestações de doença hepática crónica  A maioria dos doentes não tem sintomas ou raramente queixa-se de cansaço ou dor no quadrante superior direito do abdómen. O diagnóstico de certeza implica uma biopsia hepática.

 

Não existe um tratamento específico para o fígado gordo. A recomendação actual é tratar as doenças associadas, como a obesidade, a diabetes e a dislipidemia.

 

MNI- Médicos na Internet

16 de Setembro de 2004
 Conteúdo ainda não aprovado pela SPCNA.
Voltar