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Novos parasitas na água podem levar à morte 

Toxicologista português lança o alerta

Dois novos parasitas estão a contaminar as águas portuguesas. Denominados Giardia e Cryptosporidium, são dois protozoários que provocam problemas de saúde graves, ao nível gastrointestinal, que podem conduzir à morte. O alerta foi dado por Vítor Vasconcelos, especialista em toxicologia da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP), durante uma conferência promovida pelo Núcleo de Estudos de Tecnologia e Ambiente.

O investigador aponta os perigos destes novos contaminantes biológicos das águas, cujo risco potencial é elevado devido à sua grande resistência - de tal forma que a sua presença pode passar despercebida nas estações de tratamento de água. Os contaminantes em causa surgem, sobretudo, em aquíferos contaminados por esgotos domésticos e em locais onde há animais. O perigo, refere, está sobretudo «em regiões onde podem existir 20 captações para abastecer 20 mil pessoas». Locais como o Grande Porto, onde uma captação abastece dois milhões de indivíduos, estão mais protegidos, graças a um controlo de qualidade mais apertado.

Apesar de a legislação que regulamenta a qualidade da água para consumo humano não impor a análise destes parâmetros, a Direcção-Geral de Saúde está, lembra Vítor Vasconcelos, a implementar a realização de análises de despistagem destes parasitas, bem como de cianobactérias. Embora o grau de incidência e de perigosidade destes agentes ainda não seja completamente conhecido, vários países «estão a alterar as suas legislações, de forma a incluí-los na rotina dos programas de monotorização», afirmou o investigador da FCUP.

Também os nossos gestos quotidianos estão a contribuir para desequilibrar os ecossistemas. Anualmente são postos no mercado 2000 novos produtos químicos e muitos deles passam a ser usados regularmente em nossas casas. Para além dos novos contaminantes, há outros, conhecidos há séculos, que se encontram «adormecidos», mas não mortos. Basta que se reúnam as condições ambientais favoráveis para que «acordem», avisa o investigador. E o que mais preocupação causa neste momento é o parasita da malária.

A construção de grandes barragens, com a criação de grandes massas de água paradas, propicia um habitat favorável. Vítor Vasconcelos aponta a albufeira de Alqueva como local propício, devido ao clima quente - logo convidativo. Também a alteração dos hábitos de lazer dos portugueses, com deslocações cada vez mais frequentes para países quentes, pode fazer regressar a malária a Portugal, onde foi declarada extinta em 1972. «Basta que tragam o vector para que uma picadela de mosquito, já em Portugal, faça despertar a doença.»

Fonte: Diário de Notícias

02 de Novembro de 2004
 Conteúdo ainda não aprovado pela SPCNA.
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