A estrutura genética de algumas pessoas pode protegê-las da versão humana da doença das vacas loucas, concluiu um estudo publicado na revista Science. A investigação realizada por peritos do Colégio Universitário de Londres mostrou que a doença se manifesta de formas diferentes em várias pessoas infectadas. As experiências realizadas em ratos expostos ao prião que causa a doença das vacas loucas ou BSE (encefalopatia espongiforme bovina) revelaram que os animais que têm certas versões de genes humanos desenvolvem a doença de maneira diferente. No caso de ratos que têm uma versão genética identificada como PrP M129, os animais podiam contrair a doença, mas os seus sintomas eram totalmente diferentes. Os ratos com a versão genética V129 resistiram à doença. Segundo alguns médicos, se for possível entender como funciona a forma V129 o seu processo poderá aplicar-se como forma terapêutica. Na Grã-Bretanha, onde surgiu a BSE em 1980, mais de 140 pessoas morreram vítimas da versão humana da doença. Em Portugal as autoridades de saúde não detectaram ainda qualquer pessoa com a doença. Fonte: Lusa |