Não existem quantidades seguras para o consumo de álcool durante a gravidez, segundo os especialistas. E mesmo com a tentação das festas e encontros familiares _que propícia o consumo de álcool_ o melhor é não beber. Mesmo pequenas quantidades de álcool poderiam ser prejudiciais para o bebé, de acordo com os especialistas reunidos durante uma conferência britânica sobre a síndrome alcoólica em fetos. A síndrome é um conjunto de anomalias _ as quais incluem feições anormais e problemas no sistema nervoso _ em crianças que nasceram de mães consumidoras de muito álcool durante a gravidez. Raja Mukherjee, da Escola Médica St. George, disse à BBC que, embora as estatísticas oficiais indiquem que poucos em cada cem bebés sofrem as consequências do consumo alcoólico das suas mães durante a gravidez, elas poderiam ser muito maiores. Mukherjee disse que, embora os casos mais óbvios sejam detectados, muitas crianças que desenvolvem problemas comportamentais como resultado da sua exposição ao álcool são diagnosticadas como tendo «deficiência de atenção» ou «hiperactividade». O verdadeiro motivo, segundo o especialista, é o consumo de álcool não ser detectado. «O cérebro desenvolve-se durante a gravidez, e o período mais delicado são os primeiros três meses, quando muitas mulheres ainda não sabem que estão grávidas.» Países como a França e os Estados Unidos já obrigam as bebidas alcoólicas a terem rótulos que avisam as grávidas sobre os danos que o consumo pode causar em fetos. Traduzido e adaptado por: Paula Pedro Martins Jornalista MNI-Médicos Na Internet |