Mulheres que tomaram medicamentos para emagrecer ou para regular a tiróide durante a gravidez estão mais propensas a ter filhos homossexuais, de acordo com um estudo norte-americano.
Mais de cinco mil mães de estudantes americanos e canadianos - membros de grupos de apoio a gays e lésbicas - foram entrevistadas por investigadores com o intuito de encontrar ligações entre a prescrição de alguns medicamentos durante a gravidez e a sexualidade dos seus filhos.
A equipa liderada por Lee Ellis, da Minot State University, em Dakota do Norte, nos EUA, chegou à conclusão que as mães de lésbicas são pelo menos cinco vezes mais propensas a tomar remédios para a tiróide durante a gravidez, comparadas com as mães de heterossexuais e oito vezes mais propensas a utilizar anfetaminas para emagrecer.
Ellis também concluiu que mães de homens heterossexuais têm 70 por cento mais probabilidades de tomar fármacos que combatam a náusea do que mulheres cujos filhos são homossexuais. Mas as mães destes têm mais probabilidades de terem sofrido de stresse pré-natal.
Segundo Ellis, os resultados indicam que o efeito de certos medicamentos é mais forte em bebés femininos e, em especial, quando são tomados nos três primeiros meses da gravidez. «O estudo conclui que os bebés femininos estão mais vulneráveis a sofrer alterações na orientação sexual quando expostos a uma variedade de medicamentos.» O estudo foi publicado no jornal Personality and Individual Differences.
Traduzido e adaptado por:
Paula Pedro Martins
Jornalista
MNI-Médicos Na Internet
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