Muito açúcar, sal e poucas fibras. É assim que a revista francesa «Que Chosir» classifica os cereais que marcam presença nas mesas de pequeno-almoço de milhares de pessoas.
Tornados famosos através da publicidade, na realidade, os cereais são pouco saudável, segundo a avaliação publicada na revista dos consumidores franceses. A pesquisa _ da Union Fédéral des Consommateurs e da revista Que choisir _ testou 37 produtos divididos em duas categorias, que juntos representam 80 por cento do mercado francês: 15 cereais para crianças e adolescentes e 17 para adultos que querem ficar em forma.
Foi observado o excesso de açúcar nos produtos para crianças, excepto no Rice Krispies. «Observamos refeições com Smacks ou Chocapic que são compostas (cada uma) por cerca de 40 por cento de açúcar», o equivalente a 4,5 cubos de açúcar numa dose de 60 gramas, afirmam as pesquisas.
Os cereais com chocolate ou pepitas de chocolate são ricos em gordura e contêm o equivalente a entre cinco a seis cubos açúcar por cada porção de 60 gramas, segundo a revista. Rice Krispies da Kellogg''''s (6,30 euros/quilo), citado como pobre em açúcar e com taxa de gordura limitada, levou a melhor nota do teste da categoria crianças. Mas, ao contrário, recebeu nota negativa pelo excesso de sal e falta de fibras: três vezes menos que uma baguete fresca.
O preço por quilo dos cereais é de entre 6,40 e 5,40 euros em média, ou seja, cerca de duas vezes mais caros que o de uma baguete, revela a revista. «O tradicional pequeno-almoço, com pão e geleia, é muito mais recomendável», cita o estudo.
A metade dos cereais para crianças tem pouco ferro, destaca a revista. Na categoria para adultos que querem ficar em forma foi associada ao melhor. A marca mais bem classificada foi a Quaker oats (3,10 euros/quilo) «bem equilibrado» (rico em fibras, pobre em açúcar e sal) apesar da taxa de gordura mais elevada que a do Corn Flakes. O original desta última (4,80 euros), por sua vez, tem a mais alta taxa de sal.
Um terço dos cereais para adultos testados levam muito sal, segundo a revista. Este componente, por sua vez, está associado à hipertensão, doença que pode causar acidentes vasculares cerebrais.
Traduzido e adaptado por:
Paula Pedro Martins
Jornalista
MNI-Médicos Na Internet
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