Uma equipa de investigadores da Faculdade de Motricidade Humana está a desenvolver um estudo inédito sobre o impacto das alterações alimentares aliadas ao exercício físico nas mulheres portuguesas com excesso de peso ou obesas.
O programa Peso (Promoção do Exercício e Saúde na Obesidade) é um projecto de investigação científica iniciado em 2001 que visa igualmente o apoio à comunidade, recrutando assim mulheres entre os 25 e os 50 anos que, além de serem objecto de estudo, poderão também ser ajudadas a perder peso.
Dirigido a mulheres aparentemente saudáveis que não tenham atingido a menopausa e com excesso de peso ou obesidade, o projecto, agora na segunda fase, é baseado na adopção de hábitos de alimentação saudável e no aumento da actividade física.
Com um enquadramento clínico e apoiado numa equipa de intervenção com competências diferenciadas, este estudo pretende promover alterações estáveis de hábitos e estilos de vida em participantes do sexo feminino com obesidade instalada ou em risco de a desenvolver.
As variáveis a testar incluem o peso e composição corporal, factores de risco cardiovascular, o metabolismo em repouso, e variáveis de saúde mental e qualidade de vida das participantes.
A primeira edição decorreu de 2001 a 2003 e a equipa multidisciplinar, coordenada por Luis Bettencourt Sardinha e Pedro Teixeira, da unidade de Exercício e Saúde da Faculdade de Motricidade Humana da Universidade Técnica de Lisboa, tem já alguns resultados considerados animadores.
As cerca de 150 mulheres com excesso de peso e obesidade que participaram na primeira aplicação do programa Peso foram avaliadas no início, aos 4 meses, aos 10 meses e aos 16 meses e os resultados obtidos apontam para um cenário de sucesso, manifestando uma taxa de adesão elevada (mais de 90 por cento), com perdas de peso médias dentro das metas traçadas (5 a 10 por cento), assim como modificações comportamentais estáveis da nutrição e da actividade física.
Até 2009 é esperado o envolvimento de 400 mulheres através do recrutamento anual de 100 participantes, com um protocolo de intervenção com duração de 12 meses, seguido de uma fase de acompanhamento de 24 meses. O recrutamento de mais mulheres para a continuação do estudo é feito numa sessão pública no salão nobre da Faculdade nos dias 07 e a 16 de Abril.
Fonte: Lusa
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