Mulheres com um histórico de obesidade estão mais propensas a perder tecido cerebral. A perda de tecido cerebral é uma das primeiras indicações de que poderá vir a desenvolver demência.
O estudo durou 24 anos e analisou pouco menos de 300 mulheres entre os 46 e os 60 anos de idade. A cada seis anos, os investigadores realizaram tomografias computadorizadas dos cérebros das mulheres, analisaram o tecido cerebral e calcularam os índices de massa corporal.
A maneira de determinar se uma pessoa tem um peso saudável é através do seu índice de massa corporal, obtido pelo cálculo da divisão do quadrado da altura de uma pessoa pelo peso em quilos. Um índice acima de 25 é classificado como acima do peso, e um acima de 30, como obeso.
Os cientistas descobriram que quanto mais elevado é o índice de massa muscular das mulheres, maior é a propensão de perderem tecido cerebral - doença conhecida como atrofia cerebral.
Entre as mulheres avaliadas, quase 50 por cento tiveram perda provisória do tecido do lóbulo. O índice médio de massa corporal das mulheres com falhas nos tecidos cerebrais foi maior do que o das mulheres que não apresentavam anomalias.
Deborah Gustafson, uma das investigadoras, afirma que as condições que causam a obesidade, contribuem também para que se tenha um sistema vascular pouco saudável, o que aumenta ainda o risco de se contrair demência. De acordo com a cientista, a obesidade também aumenta a excreção da hormona cortisol, o que pode levar à atrofia cerebral.
O estudo foi realizado por cientistas do Hospital da Universidade de Sahlgrenska, em Gotenburgo, na Suécia, e divulgado na publicação especializada Neurology.
Traduzido e adaptado por:
Paula Pedro Martins
Jornalista
MNI-Médicos Na Internet |