Apenas metade dos queijos frescos à venda em Portugal apresenta características aceitáveis a nível de aspecto, consistência, cheiro e sabor, conclui um estudo do Instituto do Consumidor que recomenda ainda a melhoria das condições higio- sanitárias.
O Instituto do Consumidor (IC) analisou 20 amostras de marcas comerciais e verificou que oito apresentavam um sabor entre o «salgado» e o «muito salgado». O sabor é o parâmetro em que se verifica de forma mais evidente a alteração das características do produto ao longo do tempo de conservação, refere o estudo, divulgado no portal do IC (www.consumidor.pt). Duas das amostras apresentaram características francamente «más» com sabor a sujo desagradável e «cheiro a estábulo».
Ao nível microbiológico, só 11 das amostras analisadas revelaram boa qualidade. Uma apresentava qualidade «aceitável» e as restantes necessitavam de «ajustes, nomeadamente ao nível de tratamento térmico». O estudo salienta, no entanto, que nenhuma amostra apresentava problemas em termos de saúde pública, embora algumas indiciassem a necessidade de melhoria das condições higio-sanitárias.
As amostras foram adquiridas em vários pontos da Grande Lisboa entre Junho e Setembro de 2004. Das 20 analisadas, quatro (produtos franceses) enquadram-se na definição internacional de queijo fresco, obtido apenas a partir de leites seleccionados, normalizados ou de natas e 14 (de fabrico nacional) enquadravam-se na categoria de queijo fresco tradicional de Portugal, coalhado sem adição de fermentos lácticos.
Para mais informações, consulte www.consumidor.pt
Fonte: Lusa
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