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Bebés prematuros podem passar a mamar mais cedo 

Técnica ensina recém-nascidos a sugar



Muitas mães de bebés prematuros sofrem por o seu pequenino não conseguir mamar. Agora, um grupo de especialistas brasileiros está a testar um tratamento barato que pode apressar o início da amamentação em recém-nascidos com menos de 34 semanas de gestação.


A maioria dos prematuros, ou seja, com menos de 34 semanas, não têm capacidade de mamar, engolir e respirar coordenadamente. O método brasileiro, testado em 67 recém-nascidos no Instituto Fernandes Figueira, da Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, conseguiu que os bebés começassem a mamar dez dias antes das crianças do grupo de controlo e tivessem alta 11 dias mais cedo.


«Isso é importante: porque a criança fica livre do hospital, que é sempre um local com risco de infecção. E é bom para a mãe: que tem mais probabilidade de ter leite. E também é uma economia para o Estado: porque um bebé que não é amamentado e está internado tem custos», explicou às agências brasileiras a coordenadora do estudo, Adriana Rocha.


Dos 67 prematuros, 35 passaram pelo tratamento e 32 ficaram no grupo de controlo, este último destinado à comparação. Os bebés estudados nasceram com peso inferior a 1,5 quilo e, inicialmente receberam alimentação intravenosa. Depois do estado de saúde ter sido estabilizado, passaram a ingerir o leite materno por uma sonda que vai da boca ao estômago. Foi este o momento em que os investigadores passaram a actuar.


O método para estimular os recém-nascidos consiste em massagens nas bochechas, gengivas, céu-da-boca e língua. As crianças que participavam no estudo eram massajadas, durante 15 minutos, antes de receber o leite. Quando começavam a ser alimentadas, sugavam o dedo dos investigadores.


Esses procedimentos foram repetidos cinco vezes por dia durante cinco dias por semana, até que passaram a alimentar-se por via oral. Os prematuros estudados também conseguiram deixar a sonda definitivamente e alimentar-se somente por sucção, dez dias antes dos demais recém-nascidos.


Em consequência, 57,1 por cento deles mamavam exclusivamente no peito materno no momento da alta. Já entre os bebés que não receberam massagens, apenas 21,9 por cento conseguiam mamar.


Todos os bebés tinham entre 26 semanas e 32 semanas de idade gestacional, estavam estáveis e não eram portadores de más-formações. O próximo passo da investigação é saber se a estimulação funciona em bebés que apresentam infecções ou hemorragias ou que tenham algum tipo de má-formação.


Traduzido e adaptado por:
Paula Pedro Martins
Jornalista
MNI-Médicos Na Internet

29 de Junho de 2005
 Conteúdo ainda não aprovado pela SPCNA.
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