Um tratamento experimental testado num pequeno estudo nos Estados Unidos ajudou diabéticos de Tipo 1 a produzir alguma insulina, diminuindo a sua dependência de injecções da hormona que regula os níveis de açúcar no sangue.
O estudo, cujos resultados foram publicados na semana passada na revista da especialidade «New England Journal of Medicine», envolveu 80 pacientes recentemente diagnosticados com diabetes de Tipo 1 que ainda tinham alguma capacidade de produzir insulina.
Metade dos pacientes do estudo tomou o medicamento experimental «anticorpo anti-CD3», concebido para prevenir ataques ao sistema imunitário, enquanto a outra metade foi tratada com um placebo na semana seguinte a ser-lhe diagnosticada a diabetes. Ambos os grupos receberam também três injecções de insulina por dia para controlar o açúcar no sangue.
Um ano e meio depois, o grupo que recebeu o placebo perdeu em média um terço da sua capacidade de produção de insulina e precisou de 50 por cento mais insulina em injecções para regular o açúcar no sangue.
Em contraste, o grupo que tomou o medicamento baixou em 12 por cento a dependência de insulina e aumentou a capacidade de a produzir, sendo que o medicamento funcionou melhor em pacientes que mantinham ainda metade da sua função de insulina.
Todavia, quase todas as pessoas que tomaram o medicamento tiveram sintomas de mononucleose, uma perturbação dos glóbulos brancos causada por um vírus, e síndrome gripal, incluindo febre e dor de cabeça.
Apesar disso, a Fundação de Investigação da Diabetes Juvenil (JDRF), que financiou o estudo, considerou os resultados suficientemente encorajadores para planear novos estudos em grande escala.
Fonte: Lusa
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