A maioria das portuguesas tem um perímetro abdominal superior a 88 centímetros, um valor de risco muito elevado para os problemas cardiovasculares, segundo um estudo que envolveu clínicos gerais e utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS). A percentagem de homens no mesmo escalão de risco é consideravelmente menor: 38 por cento têm mais de 102 centímetros de perímetro abdominal.
A investigação apurou ainda um conjunto de correlações entre a alteração no perímetro abdominal e outras doenças - como a diabetes ou a hipertensão arterial - e uma relação entre alguns factores sócio-demográficos e a obesidade abdominal, como é o caso da formação académica (a níveis mais elevados de formação corresponderam perímetros abdominais mais baixos).
O estudo "W-Risk: Alterações Ponderais e Situações de Risco" foi desenvolvido pela Associação Portuguesa dos Médicos de Clínica Geral (APMGC) e pelo epidemiologista Massano Cardoso, com o apoio de um laboratório. A investigação envolveu 1.500 médicos de clínica geral e 15 mil utentes do SNS e visou avaliar a prevalência da obesidade abdominal (acumulação predominante de células gordurosas na região abdominal) em Portugal e relacioná-la com outras doenças.
Fonte: Lusa
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