O consumo moderado do álcool poderá não reduzir os riscos cardiovasculares, ao contrário do que sugerem anteriores investigações, conclui um estudo de uma equipa de investigadores norte-americanos e canadianos.
Depois de analisaram 54 estudos realizados na América do Norte, Europa, Ásia e nas Caraíbas, os investigadores concluíram não poder confirmar os benefícios para a saúde do consumo moderado de álcool.
Embora os que consumiam até quatro copos por dia tivessem uma taxa de mortalidade mais fraca do que os abstémios, a diferença parece dever-se mais ao estado de saúde precária destes do que aos efeitos benéficos do álcool sobre os consumidores de álcool, segundo assinalou Kaye Fillmore, da University of Califórnia, em São Francisco, co-autora do estudo.
"Estas conclusões devem convidar os médicos à prudência quando recomendam aos seus pacientes um consumo muito moderado de bebidas alcoólicas, já que, de acordo com a análise de muitos estudos, os benefícios do álcool parecem ser mais aparentes do que reais", sublinhou Tim Stockwell, director do Centre for Addictions Research of British Columbia da Victoria University, Canadá.
O estudo foi proposto pelo cardiologista britânico Gerry Shaper e financiado pela Fundação Australiana para a Educação e Reabilitação do Álcool (AAERS).
Fonte: Lusa
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