Uma equipa de investigadores dos EUA e do Japão, financiados pela Sioux Falls, uma empresa de biotecnologia, criaram vacas geneticamente modificadas, livres das proteínas que causam a Doença das Vacas Loucas, segundo um estudo publicado na edição on-line da revista Nature Biotechnology.
No artigo publicado no site, os cientistas garantem que esta descoberta é um atalho para imunizar os animais da doença.
Retirando células da pele de bovinos, os cientistas identificaram e desactivaram o gene que produz os priões (proteína com capacidade de modificar outras proteínas tornando-as réplicas de si própria). Com essas células, produziram doze bezerros clonados.
Para a experiência, três animais foram abatidos e os seus cérebros analisados. Segundo os cientistas, a doença não se fixou no tecido cerebral de duas vacas quando estas foram expostas aos priões. "Esta pesquisa é um grande passo para o uso de biotecnologia nos animais que irá beneficiar os consumidores", afirmou Barbara Glenn, da Sioux Falls.
Especialistas afirmam que o trabalho pode oferecer um maior nível de segurança às pessoas preocupadas com a carne infectada que pode desencadear a variante humana, denominada doença de Creutzfeldt-Jakob. Contudo, qualquer alimento derivado de mudanças genéticas precisa da aprovação da FDA (Food and Drug Administration).
No momento da pesquisa, as vacas estão a ser expostas directamente à doença. O objectivo é ter certeza de que o gado fica imune à doença. O resultado final do estudo será conhecido até o fim deste ano, de acordo com o grupo.
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