Investigadores norte-americanos identificaram o gene responsável por aumentar a Longevidade e melhorar a qualidade de vida de um pequeno verme.
A descoberta foi publicada na semana passada na revista "Nature" e sugere que a restrição calórica pode ser benéfica para os humanos.
No trabalho, os cientistas usaram um pequeno verme de laboratório (C.elegans) para tentar saber por que razão animais submetidos a restrições calóricas vivem mais tempo e em melhor forma do que congéneres sobrealimentados. O "gene-chave" identificado, o PHA-4, é indispensável para que a restrição alimentar actue sobre a Longevidade", segundo estes cientistas do Salk Institute de San Diego, Califórnia.
"Dar ao animal 70% do que come espontaneamente aumenta a sua longevidade em 20 a 30%", afirmou Hugo Aguilaniu, co-autor do estudo.
Conhecem-se duas vias importantes da Longevidade: a restrição alimentar e a via da insulina, cuja manipulação permitiu duplicar a vida dos ratinhos, embora ao preço de nanismo e de dificuldades de reprodução.
Segundo este investigador, o facto de o verme ter vivido mais tempo quando submetido a uma dieta restrita, mas equilibrada, permite concluir que "a restrição provoca um envelhecimento harmonioso e dinâmico".
¿Se o gene for bloqueado, a restrição fica sem efeito. Pelo contrário, se for estimulado, com uma dieta normal, o verme vive mais tempo. Juntar a restrição alimentar à activação do gene aumenta ainda mais a sua Longevidade¿, afirmou.
Para o Geneticista norte-americano Gary Ruvkun, da Harvard University, o estudo poderá abrir novas pistas de investigação sobre o envelhecimento humano por se tratar de um gene com homólogos noutras espécies, sendo que o PHA-4 corresponde a três genes tanto no homem como no ratinho.
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