Cientistas da University of Edinburgh desenvolveram uma técnica que poderá permitir detectar melhor a doença de Creutzfeldt-Jakob, a variante humana da Encefalopatia Espongiforme Bovina. O trabalho foi publicado no "Journal of Pathology". Esta doença é causada pela presença de priões, que eliminam as células do cérebro, cujo tecido adquire a aparência de uma esponja. Os investigadores escoceses desenvolveram uma técnica que imita e acelera o processo de replicação dos priões, para que se tornem mais facilmente detectáveis nas amostras de tecido. Embora a técnica tenha sido testada em animais, os investigadores acreditam ser possível utilizá-la em trabalhos com a variante humana. No entanto, será necessária a realização de mais estudos para averiguar se a técnica pode ser aplicada também em outros tecidos. O método será útil para aumentar o número de priões desta variante da doença de Creutzfeldt-Jakob nas amostras de tecido cerebral humano infectado. A amostra é incubada e exposta a repetidas aplicações de ultra-som, que fragmenta os priões. Segundo o professor James Ironside, da equipa de observação da doença de Creutzfeldt-Jakob, citado pela "BBC", actualmente, a realização do teste exige muito tempo para que possa ser possível chegar a um diagnóstico rápido num centro de recolha de sangue. No entanto, poderia ser utilizado num centro nacional, para confirmar os resultados de testes anteriores e evitar falsos diagnósticos. Desde que a doença das vacas loucas surgiu com força no Reino Unido, no início dos anos 90, foram registadas 161 mortes, entre elas as de três pessoas que foram contagiadas por transfusões de sangue. ALERT Life Sciences Computing, S.A. |