A maioria dos consumidores portugueses lê os rótulos dos produtos alimentares e mostra "elevada consciência da necessidade de alterar a dieta alimentar", de acordo com um estudo, liderado por Luís M. Cunha, da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto.
No estudo participaram o Instituto de Ciências e Tecnologia Agro-Alimentar da Universidade do Porto (ICETA/Porto), a Direcção Regional de Agricultura de Entre-Douro-e-Minho (DRAEDM), a EGI - Sociedade de Engenharia e Gestão da Qualidade Industrial, Lda, e a Modelo Continente Hipermercados, SA.
O estudo foi realizado nas zonas da Grande Lisboa e do Grande Porto, em Novembro de 2005, e a elaboração durou três anos e meio.
As conclusões deste trabalho, subordinado ao tema "O comportamento do consumidor face à segurança e qualidade alimentares: percepção do risco e rotulagem", referem que "o risco alimentar não se encontra na primeira linha das preocupações dos portugueses, situando-se numa segunda ordem de preocupação, atrás de questões como o desemprego, a insegurança, o terrorismo a os acidentes".
Prazo de validade, preço, instruções de conservação e utilização são as informações que os portugueses mais procuram em primeiro lugar obter da leitura dos rótulos dos produtos alimentares. Segue-se a informação nutricional, com especial relevo para o teor em gordura e sal dos produtos alimentares, que são os aspectos que mais preocupam os portugueses nos alimentos que consomem.
Quanto aos motivos que levam os consumidores a abdicar da leitura dos rótulos, o estudo indica que o principal é o conhecimento prévio do mesmo, seguindo-se a falta de tempo, a dificuldade da leitura pelo facto de a letra ser pequena e ainda a falta de interesse.
Fonte: Lusa
ALERT Life Sciences Computing, S.A. |