A privação da parte mais profunda do sono altera o funcionamento da insulina e pode facilitar o aparecimento da Diabetes tipo 2, revela um estudo da University of Chicago, EUA, publicado na revista científica “Proceedings of the National Academy of Sciences” (PNAS).
O sono é dividido em fases, de acordo com as ondas cerebrais e relaxamento muscular. Na fase mais profunda, as ondas cerebrais são lentas e o relaxamento muscular é mais intenso.
Nesse momento, o relaxamento muscular e as diminuições do ritmo cardíaco e respiratório permitem a recuperação das energias. Para chegar à fase de relaxamento, o corpo necessita passar por três etapas que vão preparar o organismo para a recuperação. As interrupções que podem tornar o sono superficial não permitem que se chegue ao estado mais profundo.
Até agora conheciam-se os efeitos da falta de recuperação sobre as actividades do dia seguinte, mas não sobre o metabolismo do açúcar.
Neste estudo, os cientistas avaliaram um grupo de voluntários, jovens e saudáveis, num laboratório de estudos do sono. Foram submetidos a três noites bem dormidas e em seguida a um período igual de noites onde não deixavam o sono chegar à fase profunda, sendo interrompido por ruído.
Os cientistas registaram as ondas cerebrais e recolheram sangue para avaliar o metabolismo da glicose. Os resultados mostraram que apenas três noites sem a fase profunda do sono levavam à diminuição da sensibilidade das células à insulina. Essa alteração fez os níveis de glicose no sangue subirem 23%.
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