Cientistas escoceses descobriram uma variante genética que pode aumentar o risco de Gota, de acordo com um estudo publicado na revista “Nature Genetics”.
A variação, que ocorre no gene slc2a, parece dificultar a eliminação de ácido úrico do sangue, segundo os resultados do estudo realizado pela MRC Human Genetics Unit, em Edimburgo.
Num organismo saudável, o ácido úrico é eliminado do sangue principalmente através dos rins e expulso pela urina. No entanto, em algumas pessoas os rins não cumprem satisfatoriamente essa função, permanecendo ácido úrico no sangue e levando à formação de cristais nas articulações.
Acredita-se que dietas ricas em açúcar refinado, proteínas e álcool aumentem esse risco. No entanto, muitas pessoas que consomem uma dieta desse tipo não desenvolvem a doença.
A análise genética efectuada em doze mil pessoas descobriu que a variante genética poderá ser a causa. Segundo o professor Alan Wright, que liderou a equipa de cientistas, o gene em causa "tem um papel-chave na determinação da eficácia do transporte do ácido úrico pelas membranas do rim".
"Alguns indivíduos podem correr um risco maior ou menos de sofrer da doença de acordo com o tipo de gene herdado", explicou outro membro da equipa de cientistas, Harry Campbell, para o qual esta última descoberta pode ajudar a desenvolver melhores meios de diagnóstico.
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