As grávidas que fazem uma alimentação rica em gordura podem afectar o desenvolvimento metabólico do feto, aumentando a probabilidade de o bebé vir a sofrer na infância do que é vulgarmente denominado "fígado gordo" (esteatose hepática não alcoólica).
A esteatose hepática não alcoólica define-se como uma acumulação excessiva de gordura (lípidos) dentro das células hepáticas.
Num artigo publicado na revista "Journal of Clinical Investigation", e citado pelo sítio EurekaAlert, investigadores liderados por Kevin Grove, da University of Colorado, nos EUA, avaliaram os efeitos de uma dieta rica em gordura em fetos de primatas não humanos.
Da análise, os cientistas verificaram que, em comparação com os níveis registados nos fetos de mães que mantiveram uma dieta equilibrada, os fetos de mães sujeitas a uma dieta rica em gordura apresentaram uma concentração de triglicerídeos hepáticos três vezes superior e o dobro da percentagem de gordura corporal.
Contudo, a nota de imprensa enviada pelos cientistas traz algum optimismo, ao referir que, quando a mãe, numa segunda gravidez, reduziu os níveis de gordura ingeridos, os níveis de triglicerídeos do feto também diminuíram, havendo, assim, uma menor probabilidade de apresentarem a doença na infância.
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