A vaginose bacteriana, uma infecção vaginal comum nas mulheres em idade fértil, está associada a deficiências de vitamina D, sugere um estudo publicado no “Journal of Nutrition”.
O estudo, liderado por Lisa Bodnar, professora assistente de epidemiologia da University of Pittsburgh, nos EUA, acompanhou 209 mulheres brancas e 260 mulheres negras grávidas e constatou que mais de metade das pacientes apresentava níveis de vitamina D inferiores a 37 nanomoles por litro (o nível médio adequado ronda os 80).
A investigação permitiu concluir que um nível de vitamina D inferior a 50 nanomoles estava associado a um aumento de 26% da probabilidade de vaginose bacteriana; por seu turno, leituras inferiores a 20 estavam associadas a um aumento na ordem dos 65% desse mesmo risco.
Cerca de 52% das mulheres negras estudadas eram portadoras de vaginose bacteriana, contra apenas 27% das mulheres brancas. De acordo com o estudo, a probabilidade das mulheres negras sofrerem de deficiências de vitamina D é três vezes superior à das mulheres brancas, provavelmente porque a pele mais escura dificulta a sintetização daquela vitamina.
A vaginose na gravidez pode ser tratada com antibióticos, mas isso pode provocar parto prematuro. Por isso, Lisa Bodnar recomenda, em entrevista ao sítio Physor, que as grávidas consultem um médico e que aumentem a ingestão de alimentos ricos em vitamina D.
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