Um corante que confere a cor azul aos alimentos e bebidas conseguiu interromper o processo de lesão da espinal medula em ratos, revela um estudo publicado no “Proceedings of the National Academy of Sciences” (PNAS).
As mudanças moleculares que ocorrem nas horas posteriores a uma lesão da espinal medula conduzem a problemas graves, tais como paralisia permanente. Isto ocorre porque o ATP, ou adenosina trifosfato, se liga a um receptor, o P2X7, e, desta interacção, é produzido ATP em excesso que origina a morte dos neurónios saudáveis e, subsequentemente, o agravamento da lesão.
O que os cientistas da University of Rochester, em Nova Iorque, EUA, descobriram é que esse processo pode ser interrompido ou minimizado com o uso do corante conhecido como “Azul Brilhante G” (Brilliant Blue G) ou, simplesmente, “BBG”.
De acordo com o estudo, o BBG actua contra o P2X7 evitando essa ligação nociva, e tem a vantagem de poder ser administrado por injecção endovenosa, longe do ferimento.
O tratamento apresenta, contudo, pelo menos um efeito secundário: os ratos do estudo ficaram temporariamente azuis.
Este novo estudo pode ser promissor para o desenvolvimento de novas formas terapêuticas, protegendo os neurónios saudáveis e evitando os danos secundários que acontecem nas horas que se sucedem à ocorrência de uma lesão na coluna vertebral.
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