O consumo de marisco rico em ácidos gordos ómega-3 poderá ser benéfico para as mulheres que sofrem de depressão durante a gravidez, sugere um estudo publicado na revista científica “Epidemiology”.
Para o estudo, os investigadores da University of Bristol, no Reino Unido, contaram com a participação de 9.960 mulheres grávidas, que se encontravam na sua trigésima segunda semana de gravidez, e às quais foi solicitado o preenchimento de um questionário sobre o seu humor e a ingestão semanal de marisco.
O estudo revelou que as mulheres que consumiam três ou mais porções de marisco por semana - o equivalente a mais de 1,5 gr de ácidos gordos ómega -3 - tinham um risco 50% menor de sofrer de depressão do que aquelas que não ingeriam marisco.
Os investigadores revelam que esta relação entre o menor consumo de marisco e o maior risco de depressão se manteve mesmo quando tiveram em conta alguns factores que poderiam influenciar os resultados.
De acordo com os autores do estudo, a depressão durante a gravidez é prejudicial tanto para mãe como para o filho e, embora seja comum em países ocidentais, esta é praticamente inexistente nos países onde se regista elevada ingestão de peixe por habitante.
Os investigadores aguardam por novos desenvolvimentos nesta área de investigação dado que o consumo de marisco é muitas vezes desaconselhado às grávidas devido ao seu teor de mercúrio.
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