A ingestão de nozes, ovos e bacon pela grávida ajuda ao desenvolvimento cerebral do feto, revela um estudo publicado na revista “Federation of American Societies for Experimental Biology” (FASEB).
O estudo da University of North Carolina at Chapel Hill, EUA, realizado com ratinhos, mostrou que uma alimentação rica na substância colina (presente nos ovos, carne de porco e nozes) altera factores genéticos no desenvolvimento do cérebro dos fetos.
A colina parece ter um papel crucial no desenvolvimento do hipocampo, região do cérebro associada à memória.
No estudo, a equipa alimentou dois grupos de ratinhos fêmeas grávidas com dietas diferentes durante as semanas em que o feto desenvolve o hipocampo. Um dos grupos recebeu uma dieta com pouca colina e os restantes animais receberam 1,1g/kg de colina.
Verificou-se, em laboratório, que as células cerebrais dos fetos que não receberam uma dieta rica em colina apresentavam uma alteração na expressão de duas proteínas (G9a e Calb1).
“Talvez nunca possamos dizer, de uma forma assertiva, que o bacon é um alimento saudável, mas o campo emergente da epigenética já nos está a fazer repensar as coisas que consideramos saudáveis ou não. Este estudo é um exemplo que mostra como uma nutrição pré-natal é de vital importância para toda a vida da criança”, disse Gerald Weissmann, director da revista científica FASEB, onde o artigo científico foi publicado.
O consumo adequado de colina em humanos é, segundo os investigadores, de 425 miligramas por dia para as mulheres e 550 miligramas por dia para os homens.
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